O que fazer em Indianapolis, além da corrida

Alugamos um carro para fazer o deslocamento entre Chicago e Indianapolis para ver a corrida. As cidades são separadas por 270 Km de estrada com faixa dupla em todo o trajeto, e quase totalmente plana.

Relato do nosso amigo e leitor Sandro Martins

na viagem que fez com sua esposa.

Andamos sempre respeitando a velocidade máxima permitida, mas notamos que os nativos não cumprem com o mesmo rigor os limites de velocidade. Apesar disso, o trajeto foi feito sem nenhum stress, e os motoristas, em geral, dirigem de forma bastante segura. Só não espere ver motociclistas com capacete, já que o equipamento não é obrigatório na região.

Como não é uma grande metrópole, a cidade de Indianapolis tem o que muitos norte-americanos chamam de “the most walkable downtown in America”, algo como “o centro da cidade mais tranquilo para se caminhar”, em tradução livre. E é verdade.

Você nem percebe que está bem no meio de uma aglomeração de 800.000 habitantes. São poucos prédios altos em uma região sem tumulto, barulho ou a pressa típica das áreas urbanas.

Bem no centro de Indianapolis fica o Soldiers and Sailors Monument, obelisco ricamente esculpido que se tornou um dos principais símbolos da cidade, e que fica no conhecido Monument Circle, a rotatória que marca o centro geográfico da cidade.

Caminhando para o lado oeste do centro a partir do Monument Circle, chega-se ao Parque White River State, área verde que fica à beira do Rio Branco e que abriga o Indianapolis Zoo e seu conhecido aquário.

Um pouco ao sul do Monunent Circle está o Lucas Oil Stadium, local onde time dos Colts manda seus jogos de futebol americano. Se você curte este esporte, não deixe de fazer uma visita guiada ao estádio, caso você esteja na cidade em uma terça ou quarta-feira, dias em que o estádio é aberto à visitação. Depois beba um chopp no Colts Grille, tradicional bar em que os torcedores do time se reúnem antes dos jogos. Ou, se preferir, como eu, uma cerveja Guiness irlandesa tipo stout, vá ao O’Reilly’s Irish. Comida ótima e atendimento idem.

Quanto à corrida, constatamos que os norte-americanos são realmente especialistas quando se trata de grandes eventos. Imagine 360.000 pessoas em um mesmo lugar e as dificuldades que isso representa em termos de logística: transporte, alimentação, deslocamento pelo autódromo, sinalização, acomodações, orientações sobre como achar seu assento em uma área gigantesca como é o Indianapolis Motor Speedway.

Não é fácil, mas eles dão conta direitinho. Só não podemos falar bem do transporte público. Como estamos falando de um estado bastante rural, como é o de Indiana, sem nenhuma grande metrópole e contando apenas com cidades pequenas e médias, quase ninguém usa o transporte público, e o automóvel reina absoluto.

E para piorar, no dia da corrida alguns ônibus são retirados de circulação devido ao grande tráfico em torno do autódromo. O resultado foi uma longa caminhada, tanto na ida quanto na volta do evento. Mas nada que pudesse estragar a experiência.

Hospedagem

Em Indiana, ficamos no America’s Best Value Inn, em Anderson, vizinha de Indianapolis, pois não havia mais lugar em nenhum hotel da cidade devido à grandiosidade do evento. É um hotel de beira de estrada, com preço bastante honesto (pagamos 58 dólares.) Fica a 60 quilômetros de Indianapolis, mas as ótimas estradas da região tornaram o trajeto muito fácil e rápido. Mas não rejeite o GPS: como são muitas estradas e muitos entroncamentos, dá um pouco de trabalho se locomover em torno da cidade sem um mapa.

Se for para a corrida, reserve com bastante antecedência para conseguir ficar em um local mais perto do que nós ficamos, ou tente ficar na região noroeste dos arredores da cidade. Ficará mais próximo do autódromo. Nós ficamos a nordeste da cidade, o que aumentou os deslocamentos.

E tem mais!!

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